Você pode ser vítima dos maiores inimigos da produtividade

O assunto e sério.

No último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é líder em transtornos de ansiedade. E fica nas primeiras posições em depressão (https://bit.ly/2uGL6E4)

Antes que você pare de ler esse artigo aqui, já te falo que eu talvez tenha a solução.

Eu não, né. Eu sou apenas o comunicador. Na verdade quem tem a solução é a equipe de psicólogos do Martin Seligman, na Universidade da Pennsylvania.

Mas você entendeu o que eu quis dizer.

A depressão e os transtornos de ansiedade são os maiores inimigos da produtividade e da felicidade.

Entendendo como essas doenças se comportam, você pode ser uma pessoa mais feliz e produtiva.

Dá uma olhada:

Uma doença do “eu”

A depressão e os transtornos de ansiedade podem ser uma doença do “eu“, do “self”.

Cada vez mais, nos tornamos mais individualistas. Sabemos e reconhecemos isso diariamente.

O problema do individualismo é que ele te leva a acreditar que o mundo gira ao redor de você mesmo.

E quando você pensa assim, qualquer coisa que acontece com você é uma catástrofe.

Quando você falha no trabalho, quando você deixa de bater uma meta, ou quando a sua cara-metade pede o divórcio, você desaba.

Como isso pode acontecer com você? Logo com você?

Uma doença do “nós”

Claro, o contrário do individualismo é o sentimento de pertencimento a algo maior.

Os militares sabem do que eu tô falando. Eles vivem para uma nação, e morrem por uma nação.

O conforto que uma comunidade, uma religião, uma nação, uma família nos proporcionava quando o “eu” falhava, está deixando de existir.

Cada vez mais as pessoas vivem mais individualistas e confinadas nos seus mundos. Menos crentes em religiões. Menos patriotas. Menos atadas as suas famílias.

Perdemos essa almofada que tínhamos quando caíamos.

Agora, a queda é livre no concreto, bicho.

Uma doença da auto-estima

E é aqui que fica a crítica. Esse é o ponto principal deste artigo.

Assente bem a sua bunda onde quer que esteja sentado, que o que vem aí vai te tirar do conforto.

Há poucos anos atrás, aprendíamos que auto-estima era um fator causado pelo esforço.

Quanto mais esforço, mais boas coisas acontecem, e quanto mais boas coisas acontecem, mais auto-estima.

Entretanto, mudamos esse nosso ponto de vista nos últimos 30 anos.

Principalmente por conta de uma legislação americana, sabia?

No estado da California, em 1990, virou lei o ensino de auto-estima para crianças.

Ou seja, professores deveriam ensinar crianças a ter auto-estima. E é claro, ter auto-estima é se sentir bem consigo mesmo, é ter auto-confiança, etc.

E para fazer as crianças terem mais auto-estima, testes de QI e avaliações objetivas de conhecimentos foram substituídas por avaliações formativas a la Paulo Freire.

É claro. Se não damos notas ruins a uma criança, ela não se sentirá mal. Ela não se sentindo mal, pode desenvolver a sua auto-estima, certo?

E ainda mais. Com alta auto-estima, pessoas cometem menos crimes, menos suicídios, usam menos drogas, acham mais emprego, etc.

E para colocar a cereja no bolo: tudo que é feito na Califórnia é copiado no mundo inteiro né. Afinal, eles não podem estar errados!

O lado negro da história

O mundo da auto-estima fez com que a competição se tornasse um palavrão do mesmo calão de “puta que pariu”.

Assim como ninguém fala “puta que pariu”, ninguém mais fala em competição.

Eu, assim como Seligman, não somos contra a auto-estima.

Na verdade, somos muito a favor dela. Ela é um sinal de alta produtividade.

A questão é: a auto-estima é um meio ou um fim?

Ou seja, a auto-estima causa felicidade, ou é a felicidade que causa auto-estima?

Rufem os tambores. Segurem-se nas suas cadeiras. A bomba do Trump está caindo no seu computador/celular.

Estudos confirmam que o a felicidade é que causa auto-estima.

Eu cito Seligman:

Quando você está indo bem na faculdade ou no trabalho, quando você está bem com as pessoas que ama, quando você vai bem no seu hobby, a auto-estima vai lá pra cima. Quando você vai mal nessas coisas, a auto-estima vai lá pra baixo.

Tá, Caio, e o que isso tem a ver com produtividade?

Mais uma vez. Deve ser a 33a que eu falo isso. Vou colocar em negrito.

Não existe nenhum preditor melhor para a auto-estima, para a produtividade, e para a felicidade, do que o esforço.

Quanto mais esforço, mais feliz e produtivo você é.

Quanto mais tempo de trabalho, prática, e foco, mais felicidade e produtividade.

Quanto mais tempo de qualidade com família, amigos, e colegas, mais felicidade e produtividade.

Quanto mais tempo de estudo, leitura, e aula, mais felicidade e produtividade.

Mais uma vez:

Não existe nenhum preditor melhor para a auto-estima, para a produtividade, e para a felicidade, do que o esforço.

Às vezes as pessoas me procuram pedindo por técnicas de produtividade. Por atalhos, coisas mágicas e milagrosas, que aumentem a produtividade imediatamente.

Às vezes as pessoas estão procurando pelo NZT do filme “Sem Limites” (recomendo para caralho esse filme). Às vezes as pessoas querem tomar Ritalina e Adderal.

Eu nunca tenho boas notícias para essas pessoas.

Como já me dizia um professor, tudo se resume ao total de HBC.

Horas de
Bunda na
Cadeira.

Eu sempre escrevo sobre esse tipo de coisa. Amo sentar a bunda na cadeira por horas e ler um bom livro.

Principalmente, amo compartilhar o que eu  aprendi. Mas eu preciso me segurar às vezes.

Eu vou te confessar que muitas coisas que escrevo eu não posto aqui. Por um motivo:

Eu sempre procuro recompensar aquelas pessoas que fazem parte da minha lista de emails. Eles recebem sempre o melhor conteúdo de mim.

A gente sempre conversa sobre como aumentar a produtividade com atitudes simples, que você pode aprender sozinho.

Não são técnicas mágicas, nem simpatias bizarras. É ciência.

Você deveria fazer parte desse grupo.

Clique aqui para fazer parte!

REFERÊNCIAS

Seligman, M. E. (2006). Learned optimism: How to change your mind and your life. Vintage

ACHOR, S., & WOODCOCK, N. (2012). O jeito Harvard de ser feliz. São Paulo: Saraiva

Seligman, M. E. (2012). Flourish: A visionary new understanding of happiness and well-being. Simon and Schuster.

Photo by Mathew MacQuarrie on Unsplash

Um comentário em “Você pode ser vítima dos maiores inimigos da produtividade

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