Nos departamentos de gestão de pessoas, os analistas, coordenadores, e gerentes se reúnem para desempenhar a mais importante tarefa das organizações: cuidar das pessoas. Jim Collins já dizia isso, cara.
Mas há uma contradição aí.
Vou dar um exemplo. Veja um perfil de vaga qualquer no Linkedin, no vagas.com, ou em outro lugar. Esse perfil tem pelo menos três partes:
- As funções do cargo
- Os conhecimentos necessários para o cargo
- A experiência necessária para o cargo
Beleza. Parece uma vaga normal. As pessoas vão lá, colocam o currículo, e beleza.
Mas a criatividade não depende de currículo.
Você que é gestor de pessoas, me responda: se Steve Jobs mandasse o currículo dele pra você, antes de ele criar a Apple, o que você faria com ele?
Leve em consideração que ele só tinha ensino médio. Não tinha experiência comprovada. Era apenas um cara com boas ideias e vontade de fazer as coisas.
Ele era muito parecido com todos os seus candidatos, na verdade.
Pois é. Se você está entre as 99% empresas lineares, previsíveis, e pouco criativas, o seu email para Jobs seria mais ou menos assim:
Prezado (a)Agradecemos seu interesse e disponibilidade em participar do processo seletivo. Informamos que neste momento o seu currículo não foi aprovado para a continuidade das próximas etapas.Estamos à disposição.Sucesso!
Tem algo errado aí, cara
E isso é uma pena, bicho.
Em tempos de economia 4.0 (falei disso aqui), as organizações acham que sobreviverão sem criar novas coisas.
E elas não vão criar novas coisas fazendo coisas que sempre fizeram.
A criatividade de uma pessoa não depende dos diplomas que ela tem, da experiência que ela tem, ou de demais atributos que você consegue colocar num currículo.
O potencial de colaboração de uma pessoa para o objetivo da organização não depende de aspectos mensuráveis.
Einstein dizia:
Nem tudo que conta pode ser contado. E nem tudo que pode ser contado, conta.
Isso é teoria das organizações básica, cara. Mas a faculdade não ensina isso. As escolas de negócio não ensinam ciência.
As políticas de recrutamento e seleção ignoram o poder de aprendizado das pessoas, e ignoram totalmente o que a Carol Dweck fala sobre mentalidade de crescimento.
Pior que isso, na verdade. As organizações estimulam uma mentalidade fixa, de que uma vez que o funcionário está dentro, ele será sempre o mesmo.
E fica pior ainda, cara.
Thompson (2018) descobriu que a criatividade organizacional está na imaginação humana.
NA IMAGINAÇÃO, CARA.
Quer um exemplo? Imagine um cupcake.
Seu cupcake com certeza é diferente do meu. O meu tem o papel roxo, massa de chocolate, recheio de framboesa, e um brigadeiro preto por cima. Ele tem um gosto, um cheiro, uma aparência que nunca será igual a tua.
Agora imagine que ao invés de um cupcake, estamos pensando em um novo processo pra sua organização. Um novo produto, um novo serviço.
As pessoas imaginam as coisas de maneira diferente, cara, dependendo da ética e estética que elas seguem. Dependendo do repertório que elas tem.
Isso forma a criatividade delas e da organização, por consequencia.
É um passo-a-passo simples. Toda organização que quer ser criativa tem que levar em conta que qualquer pessoa que queira criar algo seguirá 4 passos fundamentais:
- Eles formarão percepções próprias das coisas com base no subconsciente
- Eles converterão a imaginação subconsciente em imagens e representações conscientes
- Eles representarão essas imagens em palavras
- Eles juntarão as suas palavras, representativas do seu imaginário, junto com os demais colegas.
É por isso que técnicas de brainstorming funcionam, bicho.
Mas as políticas de recrutamento e seleção MATAM o brainstorming.
Por que?
Porque essas políticas colocam pra dentro apenas as pessoas com as MESMAS experiências, com o MESMO repertório, e com a MESMA formação.
E esperam resultados diferentes.
A mensagem final é que para aumentar a criatividade de uma organização, as pessoas devem ser diversas. Várias vidas, várias experiências, vários livros, etc.
Porque você tem que concordar comigo: o currículo de uma pessoa diz muito pouco sobre ela.
O currículo quantifica o que não é quantificável, mensura o imensurável.
Por isso eu estou aqui, cara.
Eu me apaixonei por mostrar pras pessoas como elas podem enxergar coisas tão simples de maneira diferente.
Eu considero isso como a minha colaboração para mudar o mundo. Para que organizações possam se beneficiar de Jobs, de Gates, de diversos outros gênios que hoje ficam 2 anos procurando emprego.
Eu quero ser aquele que tira as pessoas do conforto, e transforma a vida delas.
Talvez você seja uma dessas pessoas e esteja conhecendo meu trabalho agora.
O ponto é, se você está aqui, cara, é porque você não tá satisfeito com alguma coisa.
E eu tenho certeza que eu posso te ajudar.
As pessoas insatisfeitas e em busca de transformação estão na minha lista de emails.
Eu mando uma ou duas vezes por semana uma reflexão massa pra cacete sobre produtividade, organizações, e gestão para elas.
REFERÊNCIAS
Thompson, N. A. (2018). Imagination and creativity in organizations. Organization Studies, 39(2-3), 229-250
Dweck, C. S. (2008). Mindset: The new psychology of success. Random House Digital, Inc
Collins, J. (2001). Good to great: Why some companies make the leap… and others don’t. Random House
Photo by Elijah O’Donell on Unsplash
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2 comentários em “Breaking News: Empresas assassinam a criatividade e o brainstorming”