Sempre metem o pau em provas. Veja o vestibular e o ENEM, por exemplo. Todo ano é a mesma coisa. Estudantes passando mal antes da prova, o show dos atrasados, e vazamentos. Veja a prova da OAB, concursos públicos, final de semestre na faculdade, etc.
O fato é que todo nosso conhecimento tem que ser quantificado de alguma maneira. E a melhor maneira que achamos para fazer isso é uma prova. Teoricamente, quanto mais você sabe o que a prova testa, melhor você se sai, mais inteligente você é – naqueles critérios.
O fato é que todo nosso conhecimento não pode ser codificado nem quantificado de alguma maneira. A melhor maneira pra fazer isso seria uma super etnografia com cada um dos candidatos pra saber seu comportamento, suas experiências, suas características e forças do caráter.
Mas como a segunda opção é bem ineficiente, isso não acontece.
É claro. Odeio prova. Até hoje nunca falei com ninguém que disse “eu amo fazer uma prova”. A prova é reducionista, é autoritária, direta, e simplista. Humanos são complexos, democráticos, indiretos, e complicados.
Entretanto, contudo, porém, todavia, a prova cumpre seu papel de testar o conhecimento em uma dada área do saber.
Não adianta. Mais cedo ou mais tarde você vai ter que definir seu futuro por uma prova. Por vezes você vai ser frustrado por uma prova, e por outras você vai se sentir feliz para caralho com o resultado de uma prova. Isso é natural.
Então não adianta muito você reclamar, cara. Lide com isso de uma maneira positiva, já pensou assim?
“E qual é essa maneira positiva, Caio?”
Simples. Uma prova não te determina nem te rotula. Geralmente quando fazemos uma prova, é porque querem colocar um rótulo na gente: Apto ou inapto. Inteligente ou burro. 70% esperto, 30% burro. 109 pontos de esperteza e 11 de burrice. Você sabe que isso não é a expressão da realidade. Você sabe que você é mais que uma prova.
“Mas Caio, meu problema é o nervosismo”
O meu também. Minha mão sua. Eu começo a suar frio. Fico preocupado. Passa um filme na cabeça. Mas você (e eu) temos que aprender a respirar fundo e passar por cima. Não tem muito segredo. Essa overdose de cortisol, que gera todos esses sintomas de merda, vai acontecer para todos. Você não é diferente. Você ainda é humano ou humana.
Imagine que você é um trator gigante, e a prova um murinho de madeira. Passe por cima!
PS: A inspiração desse post veio de uma prova que fiz, no começo do ano. Me fodi violentamente nela. A vida segue, bicho!
REFERENCIAS
Dweck, C. S. (2006). Mindset: The new psychology of success. Random House Incorporated
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